30 de setembro de 2012

Pura ternura

Em dia de manif houve quem preferisse dar um saltinho ali ao São Jorge e assistir a mais uma mostra de cinema queer. Que a pessoa não é de extravaso e gritaria, mas entende as razões e os motivos de que o faça (tema para a altura oportuna) então não vai de modas foi-se aculturar num tema que desde a algum tempo faz parte do seu dia-a-dia. Acompanhada de amigos que vestem a camisola, lá fomos a meio da tarde ver um perturbante e muito real Beauty (http://queerlisboa.pt/filme/beauty). Dizem os entendidos que geralmente a malta ali da África do Sul não é muito dada à realização deste tipo de longas metragens, portanto diz que o dito filme era pioneiro na coisa. A N. vá...achou que ficaram pontas soltas e tal, mas no fim se a ideia era fazer um retrato real da ansiedade, tensão, vergonha e obsessão de quem leva uma vida toda a esconder a verdadeira sexualidade...missão cumprida (apesar de algumas falhas...vá). Mas...o melhor do dia, foi mesmo este "Do começo ao fim", visto à noite do alto da mezza em companhia de respectivo. Este filme é das histórias de amor mais bonitas que há memória e das melhores lições demonstrativas de que o amor não escolhe sexo, idades, raças ou sequer laços familiares. Encheu-me o coração de ternura e reiterou a minha crença de que existe de facto uma tampa para cada panela e que duas almas destinadas reconhecem-se sempre, mais tarde ou mais cedo. Para  os curiosos, limpem a mente e vejam pois vale muito a pena. Porque no fim o que conta é o sentimento e não o género. 

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