15 de julho de 2013

Das músicas que oiço

 "Where there is desire
There is gonna be a flame
Where there is a flame
Someone's bound to get burned
But just because it burns
Doesn't mean you're gonna die
You've gotta get up and try try try
Gotta get up and try try try
You gotta get up and try try try"



E depois há destas que fazem imenso sentido

14 de julho de 2013

E depois do "felizes para sempre"?

Não tem onde estar, não tem com quem estar, não tem como estar. Perdeu-se num sonho e perdeu o sonho. De repente acordou e percebeu que não há coisas perfeitas, não há sentimentos perfeitos, não há relações perfeitas, não há contos de fadas. Se alguns sapos podem ser príncipes, hoje ela sabe que todos os príncipes são sapos. É  a recíproca que quase sempre se verifica na história da vida dela. Sabe que há sapos que nunca serão príncipes, mas como se volta a reverter um sapo que outrora foi príncipe? Que feitiço ou encantamento se usa para recuperar aquilo que a cada dia se desvanece? De todos os livros que leu enquanto menina sempre terminaram num "e viveram felizes para sempre", mas nenhum deles lhe explicou que depois do príncipe salvar a princesa das garras da bruxa má e do final feliz naquele momento há toda uma vida depois disso. Ninguém escreve livros sobre a vida da Cinderela e do seu príncipe depois de se casarem, ou da Branca de neve ou de outra qualquer outra princesa que teve o "final feliz" no conto. O pós final feliz não é fácil, não é conto de fadas é a dura realidade. Cai o pano, cai o sonho fica o incómodo da manhã o não saber estar, não ter como estar, não ter onde se refugiar. 

13 de julho de 2013

A porta

E de repente a porta começa a fechar-se. Aquela que fora escancarada e servira de entrada para um turbilhão de emoções com sabor a descanso do esforço hercúleo de meses; aquela que permitiu o acesso a um gigante nunca antes defrontado, que ao entrar fez do seu reino dono e senhor, é a mesma que hoje experimenta o ranger das juntas gastas e sem óleo num duro balançar da corrente de ar. E ela está do outro lado deitada no chão, cansada e sem forças para lutar mais. Despojada de energia ouve o vento rugir e o ranger da porta sem capacidades de se levantar e fazer algo que impeça tamanho ruído na sua cabeça. Os ouvidos zombem num retinir de lembranças daquilo que se está a perder. quer gritar e pedir ajuda, mas até para isso lhe faltam forças. O tempo passa e a cada rugido do vento e balançar da porta ela sabe que inevitavelmente ela se irá fechar...