18 de setembro de 2015

Bom dia fim de semaninha


E havemos de viver apoiadas nas asas uma da outra, para que o nosso voo seja sempre gracioso. Obrigada 

(hoje sem música...escolham a vossa banda sonora para um fim de semana melódico)

7 de setembro de 2015

Coração cheio

Há dias em que a felicidade não lhe cabe no peito. Há dias em que nas mais pequenas coisas ela se apercebe que é feliz; que o pouco de cada acção chega-lhe como uma imensidão de sentimentos bons que lhe renovam o espírito e a crença que algo maior e melhor está sempre à espreita. Há dias em que o sol brilha um pouco mais forte e a luz lhe ilumina a alma. Há dias em que o coração se enche e lhe acalma.




1 de junho de 2015

Gente de gentes

E de repente sorrimos, num jeito menino de quem recebe um elogio inesperado. De repente apercebemos-nos que há mais gente que gosta de nós independentemente daquilo que somos ou mostramos. Gente que nem sempre se pronuncia mas que nos segue em silêncio, que nos vê caminhar, tropeçar e por vezes até cair. Gente que se ergue da penumbra e que nos dá a mão, nos levanta e ajuda a limpar as feridas. Gente que depois do dever cumprido volta para o seu canto seguindo a sua vida, mas levando-nos sempre no pensamento, mesmo que não o diga. Essa gente foi aquela que aqui e ali conhecemos e colocámos num patamar onde colocamos aqueles de quem mais gostamos, aqueles por quem também nós saímos da penumbra para dar a mão, abraçar e deixar uma boa recordação. 
É por essa gente que cada bocado de partilha, sob a forma de música, pensamento ou fotografia se justifica mesmo quando somos gente de poucas palavras, actos ou demonstrações. 

Hoje sorri. porque tenho gente assim. Hoje sorri porque sou gente assim

"A tua playlist spotify é a minha companhia na cultura de celulas.. e assim estamos mais pertinho!!! Gosto muito de te ter assim perto.." (Obrigada Di)


28 de maio de 2015

Lição para N.

Depois de anos de repetições de vivências e situações, atitudes e mal interpretações a moral da história deveria ser: quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. 
Retratamento exige-se num ato desesperado por vezes só possível a um povo unido que grita em uníssono por mudança após longos períodos de fome e maus tratos. Mas não é fácil mudar e romper com hábitos tão enraizados que se tornaram modus operandi. Não é fácil renegar toda aquela personagem que se criou e que se vendeu a troco de protecção do eu próprio. Numa era em que se punem atitudes e comportamentos desrespeitosos com o mesmo desrespeito também se julgam os que nos julgam com a mesma cegueira e mão pesada. Portanto...quando o peso de tudo se abate sobre nós é chegada a hora da tomada de consciência e responsabilização...é chegada a hora da mudança, da inversão do panorama, da adopção de uma nova conformação. 

10 de abril de 2015

Shallows

Porque não consigo pôr em palavras o turbilhão de emoções que me assolam a alma
Porque não te consegui dizer nada mais do que até amanhã
Porque não sei ser sem ti
Porque és a minha pessoa
Porque somos nós, as nossas horas, os nossos fins de tarde num mundo que é só nosso
"Some things are just us"

"if you leave
when I go
You'll find me
in the shallows"



9 de abril de 2015

Desapego




A vida é feita de escolhas... mesmo que por vezes possamos achar que são imposições de uma qualquer força ou ser perverso que controla o Universo...a vida é feita de escolhas. Desde  pequenos que escolhemos brincar com este ou aquele brinquedo, com este ou aquele amiguinho da escola ou não fazer algo de todo, seja pura e simplesmente porque não temos vontade ou porque não há nada que nos estimule do outro lado. E assim crescemos, com a mesma demanda: fazer aquilo que nos faz sentir melhores (ou não...isto agora depende do masoquismo/opção retorcida/sacrificio de cada um) mesmo que por vezes o estarmos bem connosco signifique culpar um alinhamento qualquer dos astros para justificar o não estar à altura das expectativas dos outros. Aprendemos a deixar coisas, vivências e hábitos pelo caminho, qual projectos inacabados sem, na grande maioria das vezes, aceitarmos qualquer responsabilidade por isso, apenas porque sim, porque escolhemos sair na próxima à direita ou à esquerda e explorar novos horizontes. Aqui ou ali numa dada estação de serviço paramos e repensamos no caminho que já fizemos até ali e no rol de coisas que escolhemos fazer e num relance lembramos-nos daquela pessoa, coisa ou ideia que a dada altura deixamos ficar para trás sem já saber porquê. Apenas foi assim...ficou perdida algures num conjunto de decisões e escolhas que nos pareceram mais pertinentes, mais interessantes mais satisfatórias para o nosso eu. 
Ás vezes custa apercebermos-nos que deixámos ficar para trás coisas que até nos eram bastante valiosas e que faziam muito sentido na altura. Nestas alturas, num rasgo de desespero tentamos encontrar uma rotunda que nos permita rapidamente voltar aquele pedaço de caminho e recuperar a tal mais valia que de repente nos lembrámos. Porém, o mais certo é não encontrar a tal rotunda ou mesmo quando a encontramos e finalmente chegamos ao tal local aquilo que procurávamos já lá não está...ou então já não é como o lembrávamos. E depois é o ruir de uma lembrança, o cair do pano...o ter de aprender a deixar para trás...a viver com a memória e seguir em frente...o desapegar daquilo que escolhemos deixar para trás.