13 de julho de 2013

A porta

E de repente a porta começa a fechar-se. Aquela que fora escancarada e servira de entrada para um turbilhão de emoções com sabor a descanso do esforço hercúleo de meses; aquela que permitiu o acesso a um gigante nunca antes defrontado, que ao entrar fez do seu reino dono e senhor, é a mesma que hoje experimenta o ranger das juntas gastas e sem óleo num duro balançar da corrente de ar. E ela está do outro lado deitada no chão, cansada e sem forças para lutar mais. Despojada de energia ouve o vento rugir e o ranger da porta sem capacidades de se levantar e fazer algo que impeça tamanho ruído na sua cabeça. Os ouvidos zombem num retinir de lembranças daquilo que se está a perder. quer gritar e pedir ajuda, mas até para isso lhe faltam forças. O tempo passa e a cada rugido do vento e balançar da porta ela sabe que inevitavelmente ela se irá fechar... 

Sem comentários:

Enviar um comentário