9 de outubro de 2012

Resumo alargado

Prometi e aqui está ele... N. na vindima
Era quinta-feira, dia forte da greve da CP e entupimento de tudo que era artéria, veia, capilar e afins rodoviários e até os caminhos de cabra que permitiam escapar da capital. Foi dia de trabalho e de stress e nunca mais se avistava o início do fim de semana alargado com promessa de regresso à Beira Interior. Depois de abandonar o instituto, stressar com o site da rede expressos para confirmar autocarros para o R., demorar iénios a fazer a mala, correr rua abaixo para encontrar o V., ir á casa dele buscar a respectiva tralha e passar pouco mais de uma penosa hora no trânsito, finalmente se avistava a A1 com alguma clareza e a ideia de descanso ganhava forma. Duas horas e meia depois dos 300 km que separam Lisboa de Belmonte, lá chegávamos nós para devorar o empadão de atum que a tia Célia tinha prontinho à nossa espera. Barriga cheia, café da esquina e corpinho descansado na cama que o dia seguinte prometia. Sexta-feira depois de almoço, sapatilhas nos pés, calças velhas, t-shirt da repsol (grande e larga a lembrar as t-shirts tamanho único da escola primária) luvas de podar, tesoura e boné, que isto nunca se sabe, e lá foi N. atacar os ramos das videiras à procura dos mais belos cachos de uva de vinho. Ela cortou, cortou, encheu baldes e lá andou feliz e contente a espalhar na cara de todos aqueles que duvidavam que a princesa (na verdade uma campónia criada numa aldeia lá para os lados de Vialonga) não seria capaz de enfrentar as lides campestres. Em verdade vos digo que não só dominei o receio de que a qualquer momento me surgisse uma cobra à frente (saltinhos e suores frios dominados a cada mexer de palha a uns metros de mim), como no dia seguinte ainda fui apanhar maçãs...hahahahhaha. 
Não, não tirei fotos de belos momentos (porque quem me conhece sabe que sou uma desligada dos flashes e além disso quero que se matem a rir a imaginar a bela da figurinha...leinda leinda que tava), mas tenho fotinhas desse "grandioso" castelo de Belmonte que contém a mais famosa janela manuelina da história da arquitectura portuguesa.

Mais detalhes e surpresas nos próximos capítulos (agora vou dormir que R. chegou á cama...hehehe) 

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