12 de abril de 2012

nostalgia

Ontem falava com a S. sobre nós...(quase em surdina porque já passava da hora) do que nos comprime o peito, das dúvidas e das parcas certezas, lavamos a alma, rimos e no fim quase choramos. Eu ia chorando (lá está, ando feita maria-chorona ultimamente) porque no meio de toda uma partilha de sextos sentidos passavam flashes de algo que já vivera, algo que me faz procurar pelo mesmo vezes e vezes sem conta. A conversa de ontem fez-me lembrar de ti, do quanto sinto falta da nossa rotina matinal, das nossas conversas e do teu cuidado. É incrível como tudo entre nós foi sempre tão natural quase inato. Fizeste-me bem, apesar de tudo, ensinaste-me a gostar de alguém sem medo, a partilhar um bocado daquilo que guardo só para mim e que me torna distante, e principalmente ensinaste-me a dizer "gosto de ti" sem qualquer receio. 
No outro dia ia a atravessar a rua (a caminho do trabalho) estava uma manhã de primavera, solarenga e bateu a nostalgia, olhei de soslaio para o fundo da rua e foi inevitável não me lembrar dos pequenos-almoços no café de sempre, da despedida com um até logo. Enfim...desempenhaste bem o teu papel na minha história e é por isso que hoje ainda te guardo um carinho imenso. Soube-me imensamente bem cruzar-me contigo no outro dia e ver que tudo continuava igual, soube-me ainda melhor perceber que tudo o que nos uniu aos três durante aquela altura continuava lá. É engraçado como há coisas na vida que não se explicam, são simplesmente porque sim. 

Reparei agora que este foi o post nr100!!!! (e agora a festinha da lição 100 como se fazia na escola...hahahah...que memórias...fica para mais logo...aguardem)

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